tag:blogger.com,1999:blog-22617653749004411842024-03-13T20:02:26.123-07:00desmaio publikoUnknownnoreply@blogger.comBlogger6125tag:blogger.com,1999:blog-2261765374900441184.post-28726517045501554012010-06-26T14:16:00.001-07:002010-06-26T14:21:12.537-07:00A POESIA VOAO Poeta que aprisiona<br />seus versos dentro de gaiolas<br />é tão culpado<br />quanto o homem<br />que cria pássaros dentro de<br />gavetas<br /><br />Cezar RayUnknownnoreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-2261765374900441184.post-74673772546895959752010-06-14T15:59:00.001-07:002010-06-14T16:47:27.424-07:00A ESPERADA PRIMAVERASentir teu corpo largo de novo,<br />sentir teu peito aconchegante - peludo<br />feito aquele grande e onipotente urso<br />sem sombra, sem medo, sem estorvo.<br /><br />Sem pensar que possas me destruir<br />com teus olhos doces e serenos,<br />ou em um grave urro de puro veneno<br />que em minha alma rasgada faz estrugir.<br /><br />Sem pensar em tua fiel natureza,<br />em teu arquejar estridente;<br />Que em ti sou a menina sem nobreza<br />que ama mais do que deveras sente.<br /><br />Poderia hibernar por todo inverno,<br />dos momentos indecisos e turbulentos,<br />dentro de teus braços fortes e ternos<br />que devagar me entrego e me aposento.<br /><br />Só para colher ao teu lado <br />as cores e os risos da primavera,<br />lambuzar-te do mel imaculado<br />e morrer de amor, em tua cratera.<br /><br />Nanda BragaUnknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2261765374900441184.post-81878254797228175582010-06-14T15:55:00.000-07:002010-06-14T15:58:04.576-07:00COMPOSIÇÃOMeus dedos, feito folhas secas, tremem<br />e deslizam imperfeitos sobre a palheta.<br />E as cores que, depositadas na tela feito sêmen,<br />brotam e compõem magníficas silhuetas. <br /><br />Meus ossos, tortos feito galhos, estão largados ao chão,<br />como resíduos daquele longo e intenso anoitecer,<br />pelos traiçoeiros e ruidosos ventos da outra estação,<br />sem que pudesse a devastação sazonal prever.<br /><br />Meu corpo retorcido feito as árvores do Cerrado,<br />seco e rachado sobre o chão vermelho e quente,<br />aspira, como nunca, as águas de seu rio triunfado,<br />molhar a terra mosaicada e fértil, docemente.<br /><br />Meus olhos, feito gigantescos vaga-lumes,<br />brilham perdidos dentro das noites escuras e frias<br />à procura de libélulas que os conduzam ao cume<br />das manhãs reluzentes e completas de euforias.<br /><br />Meus pensamentos vazios percorrem o céu<br />como nuvens vadias, brindam em acrobacias<br />e fazem das águas a cair um verdadeiro escarcéu <br />que banha a face e os jardins das farroupilhas. <br /><br />Meus passos não sabem onde vão chegar,<br />sabem que percorrem na direção trilhada<br />das migalhas de pão dos contos de ninar,<br />às grandes marcas numa mulher – talhada.<br /><br />Nanda BragaUnknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2261765374900441184.post-73767454551251418982010-06-13T13:02:00.000-07:002010-06-14T16:49:06.435-07:00UROBORUS CONVICTIVACerteza geram dúvidas<br />Dúvidas geram certezas<br />Perguntas geram respostas<br />que geram novas certezas.<br /><br />Sandro E.P. MarschhausenUnknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2261765374900441184.post-65534638385421729172010-06-13T13:00:00.000-07:002010-06-13T13:01:53.502-07:00AMOR FACTRALO universo definha em suas bordas<br />As rebarbas distraem poetas e sábios<br />Sem saber, o andarilho confere suas cordas<br />Sem saber, observa-se o desenho dos lábios.<br /><br />Estrelas silenciam-se na distância<br />a viola esquece suas notas<br />feitos, tratos, ímpeto, ânsia<br />no desenho das folhas que caem mortas.<br /><br />Uma palavra solta um universo cria<br />Uma maneira rude planetas consome<br />num amor que fere: pele seca e fria.<br /><br />As asas da borboleta batem no pomar<br />a cor das estações surge e some<br />permanece, perdura quem veio amar.<br /><br />Sandro E.P. Marschhausen - 24/02/2008Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2261765374900441184.post-72304616479514252062010-06-13T12:40:00.000-07:002010-06-13T12:45:29.523-07:00ÂMAGOUma terra herma, vazia e distante<br />onde as brumas não encontram fendas para soar<br />o destino segue sem rumos quando nela imerge<br />o horizonte deixou para trás sua linha<br /><br />Uma parede de ecos emudecidos<br />oceano de águas secas<br />um ar que não se percebe<br />um piso que não se toca<br /><br />O desespero entrelaçado em ânimo<br />agonia professando deleites<br />A ausência sem sentido<br /><br />SEN-SA-ÇÂO, que resta e segue<br />o todo e o nada em passos sem caminho.<br />Que tal um drink e muito prazer?<br /><br />Sandro E.P. Marschhausen - 12/06/2010Unknownnoreply@blogger.com0