Sentir teu corpo largo de novo,
sentir teu peito aconchegante - peludo
feito aquele grande e onipotente urso
sem sombra, sem medo, sem estorvo.
Sem pensar que possas me destruir
com teus olhos doces e serenos,
ou em um grave urro de puro veneno
que em minha alma rasgada faz estrugir.
Sem pensar em tua fiel natureza,
em teu arquejar estridente;
Que em ti sou a menina sem nobreza
que ama mais do que deveras sente.
Poderia hibernar por todo inverno,
dos momentos indecisos e turbulentos,
dentro de teus braços fortes e ternos
que devagar me entrego e me aposento.
Só para colher ao teu lado
as cores e os risos da primavera,
lambuzar-te do mel imaculado
e morrer de amor, em tua cratera.
Nanda Braga
segunda-feira, 14 de junho de 2010
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